Promotor
Municipio de Vale de Cambra
Sinopse
“Vesti-me de Vermelho [para que me visses no meio da multidão...]“ retrata, de forma poética, a ausência de contacto entre as pessoas que se cruzam todos os dias, mas não se falam. Reflete sobre a solidão característica da sociedade de hoje, em que no decorrer dos dias, nos falta a coragem de assumir sentimento e manifestar o amor.
Numa sociedade individualista, a solidão é real, concreta e estrutural. Esta mulher vive no sótão das suas memórias, de uma relação que sonha, e não se sabe muito bem se alguma vez chegou a existir, por falta de coragem em assumir o que sente.
A poesia é interpretada em palco pela personagem presente e pela voz off, personagem ausente. A mesma mulher que vive entre o sótão da sua cabeça e as memórias de um exterior que dá para um jardim habitado pelas memórias de um homem cúmplice.
A música acompanha a atriz, os seus movimentos, os seus sentimentos, pensamentos e emoções. Como uma personagem, a música testemunha as memórias, observa as movimentações entre o interior e o exterior da personagem, como se lhe desse a mão para a amparar.
Que não nos falte a coragem para assumir o amor.
Ficha Artística
Texto, dramaturgia, encenação e interpretação:
Susana Paiva
Música:
Leonel Ranção
Vídeo e desenho de luz:
Victor Melo
Design gráfico:
Hélder Costa
Produção:
Dream Metaphor – Associação Cultural